Bodas de Papel

16/06/2013 10:32

Quando recebi essa história me emocionei e corri aqui para compartilhá-las com vocês!!!

Hoje Naiara e André estão completando 1 ano de casados e ela mandou sua linda história, uma casamento cheios de detalhes assim como a história do casal, a coisa mais fofa!!! Os detalhes preparados com tanto cuidado e carinho realmente ficaram maravilhosos!!! E as compotas e os lápis rusticos para as criançãs então que delicados que ficaram!!!

O Ser Noiva deseja a vocês toda felicidade do mundo!!!! 

 
"...fato é que me deparei com um momento muito meu, não queria me casar, meus planos não cabiam outra pessoa, achava que deveria tomar conta da minha família - sou a mais velha de quatro filhos - mas as coisas aconteceram... como se um sonho antigo viesse à tona e tomasse forma: com a chegada de alguém especial em minha vida decidi que queria me casar e fazer uma festa. E o sonho foi ficando maior por conta da nossa história: André e eu nunca namoramos sério e já tínhamos certa idade quando nos conhecemos. Tudo aconteceu graças a uma rosa vermelha jogada em minha casa...
Era 8 de junho de 2006, eu já havia me deitado quando meu pai adentrou meu quarto com uma rosa vermelha nas mãos que tinha um bombom amarradinho e um bilhete (lido por ele, claro!). Eu nunca deixava meus relacionamentos seguirem muito adiante, tinha medo, por isso acabavam logo, não chegavam a um namoro sério. Tinha saído de um desses meio chateada, mas queria partir pra outra, conhecer pessoas diferentes, quando procurei por um rapaz da faculdade que sabia ter perguntado sobre mim à um casal de amigos. Resolvi que curtiria mais... só que a vida prepara surpresas pra gente. A irmã dele ia se casar e fui convidada por ele para acompanhá-lo ao chá-bar. Aceitei e quando veio me buscar trouxe dois amigos, um deles o André. Acho que já deu pra imaginar o que aconteceu... rs Pois é, nada certo, ou tudo certo, depende do ponto de vista... os amigos ficaram meus amigos e acabei descobrindo que o André tinha gostado de mim desde o dia que me conheceu... bastou passar o tempo (uma rosa "cair" na garagem de casa) pra gente descobrir que fomos feitos um para o outro. Claro que houve um pouco de insistência da parte dele enquanto eu tentava resistir, mas foi inevitável... Então... uma história assim... tão especial... tão encantadora... tinha que ter uma comemoração a altura, repleta de significados... foi o que tentei fazer e dentro de uma simplicidade que é a nossa cara achamos que ficou tudo lindo!
Para não incorrer em grandes equívocos fui fazer um curso de cerimonialista um ano antes do casamento. Todas as decisões foram embasadas em técnicas apreendidas durante o curso, sob a orientação da professora.
Desde o começo sabia o que queria. Gostamos muito do rústico, mas só depois da escolha do meu vestido pude definir o estilo: o Provençal. Passei a pesquisar e cheguei a conclusão que queria fugir do branco. Os móveis seriam em tom de madeira e a decoradora contratada, que também gostava muito do rústico, tinha uma série de peças que poderiam ser usadas. E assim aconteceu. A cerimonialista e ela foram agregando detalhes à minha decoração. Ao final usamos peças de família e vidros recicláveis diversos, uma proposta totalmente sustentável. Acredito que chegamos próximo ao estilo shabby chic que passei a gostar muito.
Bom, acabei ficando responsável pelos detalhes, queria isso. O convite era simples, uma folha A4 de um papel telado na cor palha dobrado ao meio na horizontal, mensagem linda, mas dizeres diretos, letra semelhante a minha (como se tivesse escrito cada um deles, a arte era minha também), fita marrom e caligrafados por profissional. A ideia era essa: simples e bonito! As lembranças precisavam ter a nossa cara: útil ou degustável. A ideia inicial era que fosse no dia em que ele jogara a rosa em casa, infelizmente já havia uma festa no local escolhido (hotel tradicional da cidade), por isso ficou pra semana seguinte, mas era outono, por isso para as mamães, madrinhas, irmãs, testemunhas e avó escolhi pachiminas de cores diferentes combinando com a decoração, roupas e gostos. A escolha foi a dedo. Cada uma tinha os nomes com mensagens específicas. Para os homens não foi diferente: perguntei ao André algo que fosse útil e ele sugeriu um case de CDs... perfeito! Encontrei um lindo, sem marca, feito de tecido brilhante preto, neutro, com zíper e possibilidade de se gravar os nomes. Dama e pagem ganharam lápis rústicos nas cores do arco-íris, embalados com fio rústico. Para os convidados escolhi compotas de figos simbolicamente como se nossas mamães "quituteiras" tivessem feito com suas próprias mãos. Cortei os tecidos e fitas e embalei cada vidro com todo carinho.
Quem nos conhece sabe que adoramos fotos... união de quatro famílias... homenagem... lembrança saudosa: selecionamos fotos dos nossos avós maternos, avós paternos e filhos, dispostos em porta-retratos... ficou lindo! Decidi ainda que a rosa entraria em cena novamente. Entrei com apenas uma rosa vermelha nas mãos e para a festa tirei o véu e a coloquei nos cabelos.
Durante os preparativos do casamento encontrei uma foto de um carro antigo com uma placa de carro diferente, com nomes dos noivos e data. Tudo a ver com o André... ele trabalha no ramo e achei que seria bem legal. Aluguei um carro antigo, Ford 1947 preto, e mandei fazer a placa. O marido adorou! rs
Fiz também os lencinhos para lágrimas, os saquinhos de arroz e os kits dos toaletes. Meu irmão é habilidoso e fez as etiquetas com os fundos e modelo escolhidos. Tinha de tudo: sabonete líquido, mini pastas de dentes, mini anti-sépticos bucais, absorventes... devidamente etiquetados para uso ou simples lembrança do dia feliz.
Como a ideia era sustentável fiz um único cardápio que foi colocado na mesa do buffet.
Escrevi tanto... detalhes... deu uma saudade... uma pena que passa tão rápido. Felizmente as lembranças... boas lembranças... ficam! Para sempre... 1 ano! Bodas de papel... puxa, parece que foi ontem...rs"